terça-feira

E entao, ele chegou!


Abri a porta e subitamente percebi algo estranho. Um olho, alias, dois olhos, tristes, secretos e bem distantes. Resolvi nao dizer nada, muito menos olhar! Peguei a minha bolsa e coloquei sobre a cama, me sentei, mas ainda nao olhei. Lentamente fui virando o meu rosto e colocando os meus olhos me concentrando aos dele. Eu disse "Oi", mas nao obtive resposta.
Destruitivamente, ele nao sorriu, rompendo minha esperança de iniciar um dialogo. Me levantei! Acendi um cigarro e novamente me sentei. A fumaça que transpassava o pouco ar que tinha ali, foi formando formas, e subitos pensamentos.
Eu dei um pulo e me joguei nos braços dele, e consequentemente ele me enlaçou. Uma energia sem limites, de alguèm que esta cada dia, acabando com a propria vida.
Nao seria eu, a pessoa certa, para dar conselhos a ele. Mas ajudei com a pouca energia que restava ali.
Fechei meus olhos, ele tambèm, eu viajei, entre coisas absurdas e reais. Quando abri os meus olhos, ja nao sentia os braços dele, e tambèm nao vi aqueles olhos profundos. Ele partiu, e sem respostas. Um sufoco sem igual, que me deixava nitidamente desesperada. Peguei meu telefone, e liguei diversas vezes, mas quem respondia era sempre a secretaria telefonica.
O que faz de nos um fio sem limite, è a mesma coisa, que nos faz feliz. Um dia juntos, outro dia muito longe do que imaginamos.
E ele tem nome, ele tem pele, ele tem voz, ele tem vida. Sim! Vida! Mas nao reconhece que dia apos dia, esta vida, esta voz, esta pele e principalmente este nome, nao existira mais!

(Dedico este texto ao meu namorado Maicon, que amo grandiosamente)