quarta-feira

Quello che ricordo bene!

02 de Maio de 2011


Eramos apenas duas pessoas ao meio de uma pequena via pouco movimentada naquela madrugada fria, tipico de primaveira italiana. Ele me abraçou e disse que estava sentindo-se muito bem. Olhava nos meus olhos sem dizer nada, como uma caça de palavras ou sentimentos.
Resolveu deitar-se sob o banco do proprio carro, e enfim nos beijamos. Deixamos todos aqueles olhares confusos e sem palavras perderem-se em laços e abraços de dois seres que conheceram-se a vinte e cinco minutos.
Entre o vai e vem de pensamentos, que eu propria perdia-me. As portas do carro abrem-se bruscamente, onde eu tive a unica chance de ver um revolver mirado em minha cabeça e de um outro lado na cabeça do meu mais novo amante noturno. Digo isso por todos eles serem exatamente iguais. Mas mesmo assim, existem aqueles que encantam e seduzem o meu pouco sentimentalismo.
Entao, um dos rapazes, um pouco alterado, ordenou a minha saida do carro e assim, pediu a chave e o dinheiro da pessoa qual nao è necessario citar o nome.
Eu, muito assustada, desci do carro, e nao pensei realmente no que presenciei, porèm tive um egoismo imenso, de pensar apenas na minha vida, apenas em mim. E isso, me trouxe uma grande liçao de vida.

Meu campo!

E saber que cada passo, è um pensamento, motivou o meu dia. Eu soube escolher o que exatamente me faltava, e aquilo que me faltava completou o que era horrivel, em algo generoso para eu mesma. A possibilidade de criar novas expectativas, de alcançar limites multiplos e considerados simples emoçoes, ja fazem parte do meu novo cotidiano. Saber, que um dia, nao è igual ao outro, me fez pensar em tantas coisas, que ainda nao pensava.
E simplesmente, è exatamente aquilo que eu precisava. Caminhar com os meus pès, fazer da minha pessoa, algo prazeroso a eu mesma. Gritar para a minha consciencia, que eu existo, estou aqui. Hey, voce pode me ver?
Nao è a falta de me interpretar, e sim, a simples falta de nao agir. Agora, ajo! Eu sei! A liberdade que eu quero, tem um nome, porèm muito longe do que eu conheço ainda. A liberdade que eu quero, è ser eu mesma. E è poder expressar, e com aquilo que me expresso, me confortar.
As minhas lagrimas ja nao existem, e se existissem nao seriam as mesmas. Nao è facil viver de um mundo sem razoes, por isso digo que nao è dificil tambèm ter razoes.
Viver! Ah, isso estou fazendo agora. Neste exato momento, com essas palavras que rolam aqui. Estou vivendo! Te juro! E nao è estranho. O estranho esta escondido na escuridao que as pessoas costumam sentir, ou em um certo medo de nao senti-la realmente. O meu medo, è nao estar aqui. O meu medo è ir para um lugar sem antes me conhecer. Sem antes simplesmente como dizia VIVER!
Eu nao sei bem o que esta sobre o cèu, mas sei bem o que temos sobre a terra, e o que temos, è a realidade, mas nao das coisas que passam na televisao, e sim nas coisas que vejo com os meus olhos.
E pelo simples fato, de estar aqui, de poder exprimir um pouco daquilo que penso, ja me faz a pessoa mais feliz do mundo.
Um dia, eu disse: "Eu na preciso de ninguem!", mas hoje vejo que preciso de alguem. E este alguem, è aquela senhora que encontro na estaçao de metro, que nao me conhece, e eu muito menos, porèm mesmo assim, inicia-se uma conversa, onde as experiencias que ela diz, sobressai o que ainda estou para viver. Ou entao, aquela pequena criança, com uma ansia de conhecer o mundo, mas ainda tem os pèzinhos onde devem estarem. Mas, o nosso tempo mudou. Uma criança que tinha o pèzinho onde nao deveria pisar, talvez seja aquela que sabe mais do que aquela grande e madura mulher que ja pisou em tantos lugares, e nunca aprendeu que nao poderia ainda estar ali. A liberdade, è para todos e todas, devemos apenas saber usa-la, porque se ultrapassamos isso, possamos pisar em campos que nao sao os nossos.
Eu piso no meu campo tranquilamente, onde ha uma grande raiz que vem da terra, e nasce, renasce, vive, sobretudo, um dia morre. Mas quando morre, tudo começa de uma outra maneira.