segunda-feira

Me chamaram de jovem.

Eu quis cair no chão e chorar como criança. Porque me senti tão velha. Francamente, ser isso ai que me chamaram era algo muito novo. Eu passei a maior parte do meu tempo, ocupada e preocupada com as palavras. Aprendi, que um palavrão deveria ser muito bem elaborado, e se não era elaborado, era melhor não dizer nada.
E isso aconteceu realmente, isso ai que me chamaram, não sei, ou sei? Realmente, não me preocupei. Eu fechei os meus olhos e depois abri, estava infelizmente em frente ao espelho, descobri a minha amiga verdade. Porém, a verdade nunca foi tão amiga assim, teve dias que ela era muita amarga e também fria, me fazia assustar.
Eu corri o tempo, como um relógio sem bateria, as batidas do coração? Ah, isso não me lembro mais.
Mas è estranho quando descobrimos o que è jovem. E' palavra nova, è tudo novo, è "eu quero tudo". Eu fiquei paralisada quando vi dois desses dai, procurando coisas de outro mundo. Mas o mundo das pessoas, è o mesmo que o meu. Mas digo, de um outro mundo, aquele que è só seu, sabe?
Eu às vezes, sou muito tímida. Os meus passos são como um Yo-Yo, vai e volta, mas quando vai, dificilmente ele volta. Que coisa mais louca essa de ser jovem, não è?
Eu vou, eu vou, e caio, quebro a cara, cicatriza, e depois vou, e dou uma volta, mas uma volta por cima, porque baixo, já tem muita historia pra contar.
Eu me preocupava muito com a pele, descobri que de idade à idade as celulas vão morrendo,e  a pele vai envelhecendo. Eu tinha medo de ser velha. Mas entao, com a minha não juventude eu descobri que assim como as células morrem o cérebro cresce. Ah minha amiga, foi ai que descobri que queria ser velha.
Pulei o jovem? E' verdade, mas ser jovem è um passo para a evolução. A evolução do cérebro que sempre procura a justa e certa exatidão .

Vicktoria Veronezzi

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