sexta-feira

Homem de mascara azul


Homem de mascara azul

Ele era tão rápido em suas palavras que acabava sempre me deixando com restos de ideias. Trabalhava com os olhos, era o seu dom. Havia os dedos longos para tocar o fundo dos meus prazeres. Não tinha muitas ideias complementares. O meu discurso era sempre fechado.
Fazia de tudo para reconhecer os meus valores, mas colocava os seus como prioridades. Queria ser um espelho, sem rachadura, sempre limpo, sem nenhum arranhão. Eu descobri que ele era azul.
Usava sua mascara na maior parte do tempo que passávamos juntos. Seduzia o meu corpo com o seu. Sua energia era preliminar. O seu tato era tão atraente que os meus lábios deslizavam por todas as suas partes e regiões corporais.
Quando me deixava sem palavras era porque estava cansada. Ou talvez porque ele já teria usada a tatica de usar um discurso fechado. Essa coisa de discurso nunca me incomodou. Eu gosto de falar e colocar em parênteses aquilo o que me interessa, gosto também de dar foco a certo assunto. Mas, com ele, não tinha como.
Um dia começamos a falar da politica italiana e suas problematicas. Ele, muito sábio, começou a entrar na historia, eu ao invés, investi na geografia e nas dimensões do pais, e ele continuou na historia. Não havia vínculos para os nossos discursos.
O homem de mascara azul se esconde porque tem medo de descobrir que a mulher pode ser mais inteligente que ele. Mas a inteligencia é algo que não se compara, cada uma tem a sua. Como Dante teve a sua, Sócrates teve uma outra. Acho que nem "inteligencia" seria a palavra justa. Uso inteligencia, para entrar na conclusão do que o homem de mascara azul pensa.
Ele, por ser tao "inteligente", esconde suas maiores qualidades nisso. Uma mulher, no qual esta junto a ele, que pensa ou tem ideias mais claras, pode ser uma ameaça. Imagine em uma reunião de família, se entramos em um dialogo claro e sua mulher fala mais do que ele. Seria um absurdo!
Um dia fomos passar o Natal na casa de seus pais, não me recordo o ano. Porque coisas que não foram tão emocionantes, eu prefiro nem lembrar a data.
Neste dia, sua mãe estava completamente surpreendida com a minha presença, não sabia o que fazer para que eu me sentisse bem.
Eu, muito nervosa, sentei na mesa junto a eles e não abri a boca. Eu sou tímida, aliás, muito tímida com desconhecidos. Estava tentando mover as pernas da maneira que devia ser, e não apoiar os braços na mesa, meu maior defeito!
Ele começou a lembrar do Natal dos seus sonhos, talvez até uma fantasia. Porque dizia: "Lembra mãe, aquele Natal que fomos todos para a Suíça, e você me disse que o Papai Noel estava nas montanhas?". Digo fantasia, porque os pais não recordavam de nada disso.
O pai uma pessoa fechada, olhava os pratos, e tenho certeza que não via a hora de comer e depois da meia noite dormir. A mãe, andava de um lado para o outro, respondia as vezes: "Sim, eu me lembro". E eu, girando os olhos para a mãe que preparava a mesa, o pai que olhava o pernil e passava o dedo na borda do bolo, e ele que estava fumando cigarro na janela, com um pose de gala de novelas, falando mais do que devia.
A mascara azul dos homens é como o Oceano mudo, quando não há tempestades. Quando é mudo, è porque esta pensando, quando há tempestades é porque quer agradar quem esta perto ou então, falar de coisas que não tem nenhum sentido.
Não sou feminista, e não estou criticando os homens em si. Estou falando apenas da mascara azul que ele usa quase todas as vezes. Posso?
Sim, nós não estamos mais juntos. E isso não significa que sou uma mulher arrependida pelo término de nossa relacionamento, diferentemente, eu sou muito contente pelo inicio e pelo fim.
Eu gosto dos homens! Eles me trazem emoções e vida. Completa um pouco mais aquilo que ja esta bem. Apaixonar-se, talvez seja uma coisa um pouco difícil na minha situação. Eu não sou problematica, é porque tenho a complicada mania de analisar. Não é que comparo um homem com o outro. Não são todos iguais. Cada um usa uma cor, uma mascara para esconder a sua masculinidade, os seus defeitos de homem.
Assim como eles tem seus defeitos, nós também temos.
O azul me chama atenção pela sua pureza, pela sua igualdade com as outras cores, com a sua imensidão de valores e significados. A mascara é algo teatral, mas também pode ter diversos significados.
Não será neste breve texto que irei revelar o meu significado para a mascara, porque ainda não estou preparada. Mas, tenho certeza que antes ou depois, irei explodir de emoções, digitando todos os detalhes desta grande descoberta do mundo dos homens.
No entanto, eu não gosto de homem de mascara azul, por isso decidi, conhecer as outras cores.

De uma garota que conhece os homens.

segunda-feira

Antes de mais nada-


Antes de mais nada. 

Antes de mais nada, eu fecho os olhos e me arrependo. De palavras, que não deviam serem ditas, ou maldiçoes mal feitas. De procuras insensíveis, e desmoralizações inconsequentes.
De viver o tempo pela metade, de transcorrer a vida de maneira errada. Dos sonhos vazios e da complexidade dos pensamentos.
Antes de mais nada, abro os olhos para os caminhos desconhecidos, o novo, das novidades... Das surpresas. Das dimensões inalcançáveis, da sobrevivência humana.
Como a vida em duas partes, aproveitando cada sabor e fazendo de seu odor o meu sangue. Sim, o sangue. O meu tem muito sabor, é quente e não tanto liquido. Bate e rebate todas as horas dentro do corpo, fazendo de todas as minhas células, movimentos contemporâneos e mágicos.
Quando abri os olhos, o escuro já não estava mais ali, porque deixei a luz entrar com tanta satisfação, que não tive muito tempo para lembrar da escuridão. Deixei um deserto de areias amarelas secas e pedras grossas, para o mar. A água entrou em disparada por todos os cantos, até aqueles que eu ainda não conhecia. Machuca às vezes, mas faz bem!
Preces inúteis, rezas sem obstinações, no qual não impus os meus verdadeiros desejos.
Antes de mais nada, eu quero ser eu, e interromper o uso de mascaras carnavalescas. Introduzir o puro no verdadeiro. Porque não há algo mais sensível que a pura verdade.
Antes de mais nada, as minhas puras verdades eram obsoletas e isoladas. Não pertenciam ao caminho que vejo agora. Elas transformaram-se em pontas fundamentais para as minhas vitórias, para a minha evolução humanística.
De vez em nunca, deixo escorrer o sal dos olhos, porque me disseram que ainda faz bem. Faz bem quando o sal é puro, quando a dor dos olhos cansados chegam em exatidão. Porque quem não chora, não sorri.
Das rugas no rosto, o arco íris da vida. O que se transforma também pode cair, por isso que sou sempre atenta com o alinhamento das minhas asas e com o firmamento dos meus pés na terra.
Antes de mais nada, quero dizer sim, para ecc que disse não. Mas um não, sempre faz bem, mesmo sabendo que o sim é mais... intenso!
Nada é exaustão, quando precisamos de nòs mesmos. Quando sentamos como abelhas, e beijamos nossos pés em forma de agradecimento. Quando abrimos uma lei mística, uma grande revolução começa nas mais intocáveis particulas da nossa existência.
Antes de mais nada, eu canto o hino da igualdade e da felicidade serena. Mesmo não sendo tão serena assim, porque a serenidade é muito pouca para a felicidade que tomo em minhas mãos.
Antes de terminar este texto, quero dizer que viver, é simplesmente uma selva!

Victoria Veronezzi

quarta-feira

O pingo e eu


O pingo e eu

Das solidões diárias, eu entendo! E confesso que gosto assim, do meu silencio guardado com o tempo, dos meus espaços absolutos e das imaginações entrelaçadas e sobre naturais.
Da minha parte, eu não escondo nada. Também não fujo, porque fugir me traz uma vergonha imensa. Eu não escapo daquilo que eu tenho, eu dou um equilíbrio para aquilo que è meu.
Sempre quieta e no silencio natural da casa, eu sempre descanso o físico, deixando a mente trabalhar e voar por todos os redores. As vezes acompanho os passos, de um certo pingo, que começou poucos dias aqui.
Eu sempre sozinha, sem barulhos e no repouso silencioso cotidiano, fui disturbada por alguns segundos pelo pingo da torneira. "Pingo" por que eu o quis chamar assim. Verdade! Eu invento nomes para as minhas companhias, e isso me traz tanta satisfação, que me sinto alegre.
Pois então, o pingo, que restou por alguns dias aqui em casa, vinha sempre depois da janta. No primeiro dia, eu percebi e fechei muito bem a torneira, mas ele, por sorte, e as vezes para disturbar o meu silencio, sempre tornava.
Um novo som dentro de casa era uma coisa nova, e tudo que era fora do comum, eu fazia de tudo para evitar. Por que quando você repousa, você não quer o novo, você quer sempre as mesmas coisas, aquilo que você já conhece.
No segundo dia eu comecei me acostumar, porque ele entrava nos meus ouvidos tão delicadamente que me ajudava a pensar, talvez ele tenha entendido aquilo que tentava saber, mas ainda não sei.
Foi ai que o pingo ficou aqui em casa me fazendo companhia. Todos os dias, durante a janta, eu comia com uma vontade de ouvir o pingo. Lavava os pratos, escovava os dentes e corria para cama, me colocava debaixo das cobertas e era contar até três para ouvir o pingo chegar. Era divertido.
Só que então o pingo começou a frequentar mais a minha solidão, visitando o silencio durante as manhas, quando voltava do trabalho, e como sempre depois da janta. Eu adorava, todas as horas com o pingo eram divertidas.
Sai para comprar biscoitos um dia, e encontrei uma senhora falando de um hidráulico otimo na cidade. Um assassino eu pensei. Eu não queria que nenhum assassino entrasse na minha pequena casa e mata-se o pingo. Porque era de tanta importância para mim.
E então eu viciei. Entrava em casa e trancava bem as portas. Mas acho que o pingo não falava com os vizinhos, ele era muito reservado, e as vezes silencioso. Quando parava, eu saltava de uma horrorizaçao, achando que teria que fazer o funeral do medo de estar sem ninguém.
Ah sim, falei que viciei. Viciei em lavar pratos para ter o pingo por inteiro. Comia e ouvia o pingo, assistia as minhas novelas e sentia o pingo, pegava as cartas na caixinha e sentia o pingo assim meio silencioso.
Foi quando o pingo começou a ficar mais abusado, e falava por demais, as vezes falava mais do que eu.
Bateram na minha porta. Era o José, um velho amigo do trabalho. Convidei para entrar, mas antes guardei o pingo com uma expressão de cautela, quase pedindo para não falar, como namorado escondido no guarda-roupa, sabe?
O José entrou e sentou-se na cadeira próxima a janela acendendo o seu cigarro. Eu, fiz um café, mas não abri a torneira. Quando o pingo me viu, caiu na gargalhada, o pingo pingava de tanto rir da minha cara, afinal ele sabia que eu adorava lavar os pratos e xícaras, mesmo quando já eram lavados.
Tive um receio que tocasse o pingo e comecei a bater os pés. José me olhou com uma cara de assustado que achou que eu era meio doida. Eu disse que havia entrado em uma escola de sapateados, disse também que fazia muito bem a saúde, e ele quis ver mais.
Na verdade, o pingo não queria pingar, ele só ria, porque eu entendia o pingo, e ele me entendia. José o sentiu, coração pulou. Olhei com uma expressão de assustada, e o pingo ao invés de disfarçar, tão descarado ria mais ainda.
José me disse que minha torneira estava com um problema sério, tirou da bolsa umas ferramentas - armas atómicas - e começou a fuçar o pingo.
Meus olhos encheram-se de lágrimas, como criança que vê um passarinho morto. Eu preferi correr para o meu quarto e não escutar a dor do pingo. Coloquei os dois ouvidos debaixo do travesseiro e não quis sair dali.
Depois de alguns instantes, o velório. Ou ele roubou o pingo, ou realmente o matou. Ouvi passos. José abriu a porta do meu quarto, e além de tudo começou a me dizer palavras que não são tão fáceis de ouvir, disse que eu era louca, que era melhor ele ir.
Eu sem o pingo, tornando para a minha solidão, e ainda louca?
O que será de mim sem o pingo? Acho que encontro outro por ai.

terça-feira

O laço



O laço


De olhos fechados e a estrada ainda em claridade, corriam, a criança e o bebê. A criança desatenta não olhava os carros que encruzavam aquela estrada de campanha. Era pouco o perigo dos carros, mas era fatais as passagens dos caminhões que trambolhavam com suas cargas realmente pesadas. 
Não é que tinha uma certa direção, buscava cobrir o bebê das faíscas de águas que caiam e engrossavam-se com o vento que levava as folhas amareladas de outono. E ali, próprio em frente, tinha um portão. Entrou sem precisão. Não sabia, era incerta, mas era teimosa e entrou. A criança e o bebê. O bebê nada dizia, porque era conduzida da criança, já a criança só corria. Parou um passo para suspirar, suspirou e esvoaçou. 
O dia não era dia, era tremendo! Sabe quando não tem pés no chão? Era assim o portão. Seco, feio, enferrujado, um branco com preto, e fazia um barulho de "rig-rig-rig" que tremia até os pelos dos pés. Tudo vazio, o barulho dos carros, os trambolhões dos caminhões e o cintilante rumor  em seus ouvidos "rig-rig-rig". Que destinação! 
Se corria é porque devia, e se devia teria que pagar. O que roubastes pequena? Roubastes o pão que o diabo tinha amaçado como dizia a mãe. 
Um lago ali não tinha, a terra não era fria, o que eu faço com essa menina? 
Poucos passos um espaço sòlido, uma pedra com medidas improporcionais, era estranha, porque era escura e era clara. Isso! Seria "Clara", pelo menos o bebê morreria com um nome. 
Das faíscas a garoa, da garoa a tempestade, mas sem raios, porque seria um conto muito aterrorizante para uma criança. Os raios sempre assustam as crianças. E ela não queria assustar-se. 
Colocou em cima da pedra o bebê, e não a fez chorar, o pouco leite que saia, era de um egoísmo não considerado egoísmo, um egoísmo, assim, só por dizer, como diziam as tias. 
Um cinza escuro sobre o céu como o ultimo dia de uma borboleta que acaba de receber a sua vida, nasceu um dia e já morreu. Como assim gente? Já morreu? Penso que era borboleta
A criança ainda esta viva e a Clara já morreu? 
Corre depressa, porque a maldição sempre vem, pelo menos é o que sempre andam dizendo por ai. E neste momento, quem é que liga para maldiçoes. Maldição é coisa de cinema. 
Mas, alguma coisa esqueceu sobre o corpo gelado do bebê. Sim! Era um laço. Agachou-se e tirou seus cadarços, não se sabe se era para correr melhor descalça, mas aproveitou e fez um laço nesta pedra, e ali ficou a borboleta, sobre a preda e com o laço. 
E a criança? Ninguém sabe! 


quarta-feira

Eu estava ali.


Eu estava ali.

Desci dois degraus, e ainda estava próxima ao teto. Sentei, porque a escada me fazia companhia, coloquei as mãos no bolso, e ainda tinha um maço de cigarro, abri, os olhos quase adormentados e o coração ainda batia forte. Tem ainda um! O isqueiro? A minha própria mente, era o fogo que acendia aquele cigarro. A fumaça, voava e saia pela pequena janela que havia a minha frente. Aquela mesma janela, mostrava que a lua ainda brilhava. Nos meus olhos, aquela coisa de criança, de olhar para lua e achar que estava tão perto de mim.
Peguei o celular, mas não liguei pra ninguém, muito pelo contrario, eu o desliguei. Passos lentos. Mas sobe ou desce? Se sobe penso que não desce, porque era tão frio, os passos eram tão quentes, mole, estranho, sabe? Um passo dois silêncios, três passos, uma pausa, quatro e cinco de uma vez. Mas essa pessoa bebeu hein!
Eu obtive uma descoberta, este edifício tem quatro andares, se já subiu esses degraus, e o eco chega a mim, então è porque sobe. Arrumei o vestido com as pontas dos dedos. Sujei um pouco de Whisky durante o percurso até o lugar onde estava. Eu não cai tanto assim, foram dois passos sem silencio, no quarto a cara no chão. Coisas naturais, que machucam, mas depois você nem sente. Ah sim. Os passos, lembrei.
Eu não estava assustada, eu estava preparada isso sim. Se era homem eu queria ver toda a fisionomia, mesmo assim no escuro. Se era mulher, a gente bebia uma tequila. E se era uma senhora? Alias, onde estou?
Ai - sem interrupções - a sombra em mim. Que medo, desconheço! Era tão misteriosa, que até esqueci o cigarro cair. "Oi" Oi? Mas como Oi? Não te conheço.
Os olhos que este homem tinha era uma coisa de admirar-se, mas também só os olhos, porque o coração a gente não sente nessas horas. Por um momento de segurança coloquei a garrafinha de cerveja do meu lado, qualquer coisa, sao vidros quebrados.
Mas não precisava disso. Ele não aguentava com o corpo que rastejava no muro, então nem posso imaginar algo do genero. Mas, o pessimismo faz parte do pânico - quem disse? Ah, eu não sei.
Então veio os embrulhos no estômago, não sabia se era frio ou fome. E este ainda, senta do meu lado e me pede um "gole" da minha cerveja. Ja era pequena, mas com ele foi mais divertido.
Além dos olhos o sorriso também atraia a minha euforia alcoólica. Os seus traços juntava-se com os meus,e quando era para abaixar, abaixávamos juntos de mãos dadas e tornávamos como dois loucos perdidos no nada.
Sabe, ele me beijou! Mas não era beijo de menino. Suas mãos eram assim pesadas, como a de um homem, tinha até pelos no rosto. Passei meus dedos em sua nuca e senti todo o arrepio ultrapassar o seu corpo, conectando com os meus.
Daquela noite eu lembro disso. No final, foram passos, de quem desce, disso eu sei. Um dois e mais três, depois foram quatro e cinco e o seis. E os outros, isso eu já nem sei.
Continuei ali - sem fôlego e sem palavras - mas também se havia, não havia ninguém ali que eu poderia falar. Eu me ergui, tentei o um dois e três, e já estava no décimo quinto, correndo a saída daquele edifício. Os meus pés não eram descalços, mas o chão batia forte nos meus dedos, que parecia cada vez mais difícil correr e me perder na manha que começava, na cidade dos meus sonhos, e nos meus pesadelos que transforma esses sonhos em gargalhadas imortais.

Victoria Veronezzi

domingo


 GRAZIE ITALIA!
 
Per Marcello Veneri e Carmello Siciliano
 
Eu pensava que conhecia o mundo, sabe aquele que chamam de planeta terra. Mas neste planeta terra existe uma coisa, posso dizer uma palavra, que muda todos os sentidos das coisas, e è "sociedade".
A Italia pra mim foi uma experiencia maravilhoso, porque descobri novos sentimentos, talvez que poucas pessoas tenham sentido. Quando digo novo, è realmente novo. Os sentimentos comuns sao amor, saudades, paixao ecc. Mas o que eu senti eram realmente coisas novas.
A juventude è um perigo, porque sao tantos sonhos divididos com a nossa vontade de ser alguèm neste mundo, e as vezes, com a falta da famosa paciencia, pode acontecer de vir uma tristeza, falta de esperança.
Sobre o destino! Ah, isso eu nao sei! So sei que existe, se è incerto ou certo, ja è uma coisa que nao me preocupo mais.
Mas a minha força esta aqui dentro, sabe? Dentro daquela coisa que bate e as vezes se sente apertado?
Eu nao sou muito de escrever, mas sou muito de falar, e falar è escrever, e escrever è expressao. E è essa expressao que uma das coisas mais belas que eu tenho dentro de mim.
Deixei aquela vontade de entender as pessoas, porque nem mesmo eu me entendo. Quando sou capaz de me entender, talvez pense em entender as pessoas. Pessoas? Nao disse isso. Bom, vamos deixar pra la.
Minha mae me dizia que o mundo è tao grande e cheia de oportunidades. Hoje penso ao contrario. O mundo è tao pequeno e cheio de oportunidades, mas para quem ja encontrou aquela força que disse no inicio.
Obrigada Italia, por ter me fazido sofrer, sorrir, amar, crescer e por ter me feito tornar uma pessoa honesta e cheia de sonhos.
Beijos a todos os italianos que conheci, e que realmente sao pessoas diferentes.



TRADUZZIONE IN ITALIANO

Io pensavo che conoscevo il mondo, lo sai quel che chiamano pianeta terra? Però il pianeta terra esiste una cosa, ciò è posso dire una parola, che cambia tutti i sensi delle cose, che si chiama "Società".
L'Italia per me è stata un'esperienzia meravigliosa, perche ho scoperto nuovi sentimenti, forse senza arroganza e lamentazzione, qualcosa che poche persone hanno sentito. Quando dico nuovo, è davvero nuovo. Non sono i soliti sentimenti, l'amore, passione, nostalgia ecc sto dicendo di una cosa rara, ma quel che ho sentito era una cosa pazzesca.
La gioventù è un pericolo, perche sono tanti sogni divisi con la nostra volontà di essere qualcosa in questo mondo, ed ogni tanto, con la mancanza della famosa pazienza, dopodichè vieni una tristezza, mancanza di speranza.
Il Destino? Ah, questo non lo so. So solo che esiste, se è scritto oppure no, è una cosa che non mi preocupa più.
Ma la mia forza sta qui dentro, sai? Dentro di quella cosa che batte e ogni tanto stringe?
Non sono molto di scrivere, sono più da parlare, e parlare è scrivere, e scrivere è espressione. Ed è questa espressione una  delle cose più belle che ho.
Ho lasciato quella voglia di capire le persone, perche nemmeno io mi capisco. Quando sarò capace di capirmi, forse potrò capire le altre persone. Persone? Non ho detto questo, lascia perdere.
Grazie Italia per avermi fatto sofrire, sorridere, amare, crescere, e per avermi fatto  diventare una persona piena di sogno e più forte che prima.
Baci a tutti che ho conosciuto, e finisco dicendo che gli italiani non sono tutti uguale.

segunda-feira

Mi hanno detto che sono giovane.


Io volevo cadere per terra e piangere come una ragazzina. Perche mi sono sentita una vecchia. Francamente, essere ciò, era qualcosa nuovo. Io ho passato la maggior parte del mio tempo, occupata e preoccupata con le parole. Ho imparato, che una parolacia deve essere molta elaborata per dirla, se non è elaborata, è meglio non dire nulla.
E questo è sucesso veramente, ciò che mi hanno detto, no lo so, o lo so? Infatti, non mi preoccupa più di tanto. Ho chiuso gli occhi e gli ho riaperti, e purtroppo stava d'avanti allo specchio, ho conosciuto la mia amica verità. Però, la verità non è mai stata tanto amica cosi, da qualche giorno lei era amara e fredda, mi spaventava.
Ho fatto una corsa con il tempo, come un'orologio senza bateria, i batiti del cuore? Ah, questo non ricordo più.
Ma è strano quando scopriamo cos'è giovani. E' una nuova parola, è tutto nuovo, è "io voglio tutto". Sono rimasta paralizzata quando ho visto due di questi, cercando delle cose della altro mondo. Però il loro mondo, è il mio mondo. Ma voglio dire, di quel'altro mondo,quello che è solo tuo, sai?
Ogni tanto, sono molto timida. Io ho i passi come Yo-Yo, vai e torna, ma quando vai, dificilmente torna. Che cosa pazzesca questa di essere giovani, non è vero !?!
Io vado, vado, e cado, spacco la testa, cicatrizzaa, dopodichè torna, e do un'altra volta, ma sopra, perche giù, già ha molta storia da raccontare.
Io mi preocupavo con la pele, ho scoperto che mentre passa l'età le cellule muoiono,e la pele invecchia. Io avevo molta paura della vecchiaia. E allora, con la mia no-gioventù ho scoperto che mentre le cellule muoiano il cervello cresce. Ah cara amica, fu cosi che ho scoperto che volevo essere vecchia
Ho saltato la gioventù? E' vero, ma essere giovani è un'evoluzione per arrivare ad una bella vecchiaia. L'evoluzione del cervelo cerca sempre il meglio equilibrio.

Vicktoria Veronezzi

Me chamaram de jovem.

Eu quis cair no chão e chorar como criança. Porque me senti tão velha. Francamente, ser isso ai que me chamaram era algo muito novo. Eu passei a maior parte do meu tempo, ocupada e preocupada com as palavras. Aprendi, que um palavrão deveria ser muito bem elaborado, e se não era elaborado, era melhor não dizer nada.
E isso aconteceu realmente, isso ai que me chamaram, não sei, ou sei? Realmente, não me preocupei. Eu fechei os meus olhos e depois abri, estava infelizmente em frente ao espelho, descobri a minha amiga verdade. Porém, a verdade nunca foi tão amiga assim, teve dias que ela era muita amarga e também fria, me fazia assustar.
Eu corri o tempo, como um relógio sem bateria, as batidas do coração? Ah, isso não me lembro mais.
Mas è estranho quando descobrimos o que è jovem. E' palavra nova, è tudo novo, è "eu quero tudo". Eu fiquei paralisada quando vi dois desses dai, procurando coisas de outro mundo. Mas o mundo das pessoas, è o mesmo que o meu. Mas digo, de um outro mundo, aquele que è só seu, sabe?
Eu às vezes, sou muito tímida. Os meus passos são como um Yo-Yo, vai e volta, mas quando vai, dificilmente ele volta. Que coisa mais louca essa de ser jovem, não è?
Eu vou, eu vou, e caio, quebro a cara, cicatriza, e depois vou, e dou uma volta, mas uma volta por cima, porque baixo, já tem muita historia pra contar.
Eu me preocupava muito com a pele, descobri que de idade à idade as celulas vão morrendo,e  a pele vai envelhecendo. Eu tinha medo de ser velha. Mas entao, com a minha não juventude eu descobri que assim como as células morrem o cérebro cresce. Ah minha amiga, foi ai que descobri que queria ser velha.
Pulei o jovem? E' verdade, mas ser jovem è um passo para a evolução. A evolução do cérebro que sempre procura a justa e certa exatidão .

Vicktoria Veronezzi

sábado

A fuga de um anjo!

Testo dove ho preso la classificazzione d'oro al concorso letterario Voce & Vozes della A.C.I.M.A


A fuga de um anjo!
Vicktoria Veronezzi

Eu convidei o tempo para ser um dos meus maiores aliados, mas com as horas percebi que ele não poderia ser meu amigo, e apenas uma consequência de todos os atos que costumo ter. Inconsequente!"Anything", talvez seja a palavra estrangeira que esteja fluindo em toda a minha vida, uma depressão não mais vivida por todos os meus abstratos momentos.
Um dia descobri o quão forte posso ser, mesmo quando deixei as minhas lágrimas purificarem os meus sofrimentos. Mas quem não sofre por ausência de amigos ou algo do aspecto citado?
É incrível a forma com que os anos devoram-me, eu fico apenas parada no espaço, mas um espaço em total movimento, não de igualdade, mas de conformações. No entanto, eu não me conformo com o simples ou congelado, eu busco a imensidão dos sentidos que trago para minha vida. Se abrirmos os olhos e a mente, vamos perceber que nossa estrada, realmente, não tem nenhum sentido. O sentido de tudo quem traz somos nós mesmos.
Quando descobri essa "incógnita", consegui dislumbrar os meus maiores poderes, e fazer deles, algo que eu nunca imaginei que seria possível.
Eu me sento e reflito sobre todas as coisas e pessoas que já passaram na minha ... maravilhosa vida! E é absolutamente bom, quando eu vejo o quanto evolui e quantas coisas que o mundo pode trazer para que eu possa absorver. Eu conheci a fama fácil, de algo integrado com um infortúnio preliminar, mas eu consegui não dar valor a comentários deploráveis. Sendo assim, fui vencendo cada pedra torta que encontrava no meu caminho, afinal por mais que não parecesse, o meu caminho sempre foi coberto de luzes. E essas pedras sem formas, eu consegui despistar em estados sólidos.
Então, esperei por algo melhor, pessoas melhores. Confesso, ainda não encontrei, mas estou quase no alcance do prelúdio de uma felicidade constante, porque o momentâneo já não faz parte da minha evolução.Observando os comentários em redes sociais, eu consegui enxergar o ponto fraco de cada pessoa, e isso me fez refletir durante muitas horas, ouvindo Alanis Morissete, claro!
Aprendi à lidar com os meus medos, e descobri também, que esses instantes de depressão, são causados pela minha falta de segurança e desconfiança nos meus talentos.
Como é bom poder sentar e refletir livremente, sem nenhuma influência do passado ou até mesmo anciedade para o futuro. Estou vivendo um presente gradativo. Minha mente explode em emoções e "frios na barriga" quando consigo ver além de todas as ilusões.Vivo o naturalismo de todas as coisas, e uma merda sempre vai ser uma merda, todavia, consigo descrevê-la poeticamente.
O meu mundo vai crescendo, e as minhas teorias vão absorvendo todas as partes de um quebra cabeça de um milhão de peças, que giram entre os meus neurônios e causa-me confusão instantânea.
Tempo! Aquele que eu pedi para ser meu amigo, esta sendo o mestre de toda a minha paciência, e algo diz que a vida esta tendo um sentido tão lógico quanto as leis de Darwin. Quantas comparações obsoletas, mas no fundo há algo que vocês podem entender, ou não ? Poeta não tem sangue frio nem quente, e sim equilibrado. Quando sinto a ferveção do sangue transpassar as minhas veias e explodir em meados de sentimentos conturbados, eu apenas o refresco com a minha positividade.
Junto com esse maldito belo tempo, eu descobri a virtude, que cobriu-me de esperanças verdadeiras e me fez analisar todos os meus passos.
Que vida é essa? É minha, muito minha, onde todos os dias, trago um sentido diferente para ela continuar pertecendo-me.
E de todas as coisas, houve um dia em que fui dormir com todas as recordaçoes de um sonho sinistro. Nao entendi ao certo o que seria toda aquela viajem em minha vida, um dia antes, havia falado com uma velha amiga, que agora que cheguei aos oitenta anos, havia vivido todas as belas coisas do mundo, e havia visto a psicologia em fato real. Caro leitor, voce, que traz vida aos meus textos, afinal, voce è o co-autor de todos os meus pensamentos, compartilho este sonho, que com um passo, ja estava aonde eu esperava estar.

Uma noite, depois de um dia agitado, digo em um sentido, de inutilmente nao ter feito nada em especial, apenas costurando para os meus netinhos, adormeci como uma criança, com os olhos ja pesados e cansados e o último suspiro foi de saudade, uma saudade de menina moça, que cresceu através de refúgios fracos e ubíquo. Antes disso, não pensei em encerrar minha visão, olhei o claro, entre os montes e poucas árvores, ainda com vida. As flores que lá haviam, perdia a essência de suas pétalas, e eram derramadas sob a grama não mais verde, que padecia com a chegada de um sol devastador.
Achei que os sonhos eram tocáveis. Com isso, montei um balão para alcançar as fofas nuvens dos meus fortes desejos.
Os anjos que proferiam a epístola final, me recebiam com sorrisos solidários, todavia, preocupados:
- Por onde andou esse pequenino ser, pela terra do diabo, procurando à quem servir?
Minha consequência, foi a lição da redenção, que eu jamais iria entender.
Foi tanto sobe e desce na realeza, e uma bagunça no paraíso, meu Senhor! Mas o que acontece com aquela, que joga-se nas trevas, mas é na luz que quer viver?
A piedade, virou palavra sem sentido, e designou um subito sofrimento, até mesmo quando Satanás comigo  falou. Puxa aqui e empurra ali, e eu muito perdida, por meu Deus gritei. E a bola cósmica que cobre os oceanos e a imensa terra, pouca vegetação e algumas árvores, surgiu em frente à todos no céu, e para mim anunciou:
- A terra é fraca, e há mente em massa. Por tanto tempo o mundo rodou, e com concordâncias falsas, o meu reinado você alcançou, criação divina.
Os meus olhos já caiam e meu invisível coração tentava acalmar a minha áurea. Não existia mais sangue, e nem sentimentos contraditórios, e foi assim que comecei a choramingar:
- Oh meu Deus! Que anjo é esse que roubou minha alma que nem à ele pertence? Como sou fraca, eu não mereço o seu reinado.
Os anjos abriram suas bocas rosadas de espanto, e voaram tristes ao lado do Senhor, que muito Sábio olhou para Satánas e proferiu:
- Tu sabes que com criança não à de brincar. Confudiu seus sentimentos para o seu reinado minha pequena habitar. Mas saiba que é fraco anjo belo, e não quero manifestar a fúria dos sentidos de uma eternidade. Deplorável homem bonito. Por que fica tão aflito, quando digo que essa criatura não irá ganhar?
- Não digo, apenas finjo! O universo todo eu vou conquistar. Os homens fracos e depressivos, impregnam na rotina do inferno e é eles que irei puxar. Nos velórios de esperança, do renascimento de algo sutil, eu chego em silêncio com passos de raposa, para com que minhas firmes garras o sofrimento pregar, e em seguida conquisto as lágrimas, da tristeza de um ser que esqueceu o paraíso do Senhor! “Sir God”, eu não discuto e nem alivio à dor do pecador, dou continuidade ao sofrimento, para o inferno arrastar.
Me assustei com as palavras do Satanás, e em disparada tentei fugir entre as fofas nuvens, que antes buscava o sonho, mas agora buscava meu refúgio para deitar.
Uma corrida iniciou, Deus, Anjos e Satanás, começaram à gritar:
- Pegue a vida! Salve a vida! Leia a alma! Mate a vida! Não há vida! Tente o novo!
Orações e maldições misturaram-se sobre o paraiso. E as nuvens, cansadas de tanto peso e bagunça segurar, dissolveu em lágrimas escuras, e comecei a cair em buraco causada pelo peso da consciência, aproximei minha face contra o vento, e logo comecei a voar como um pássaro, mas um pássaro do Senhor, sozinha, sem seu Deus ou Satanás, cantava a solidão de um dia ter acreditado no belo anjo, que tentou alcançar a minha áurea. Mas os anjos, muito espertos, conseguiram me alcançar, e me amarraram entre as pernas e chegando ao céu, entregou-me para Deus.O Senhor já aguardava frenesi, com toda a confusão, puxou minha orelha levemente, e disse sorrindo:
- Gabriel, Gabriel! Não fuja mais do ceú!
E de todas as minhas esperanças, medos, magoas, felicidades, vida, familia e amigos. Percebi que deste sonho eu nunca mais acordei, daqueles olhos cansados, ao lado das Divindades, me tornei uma criança, onde aprenderia todas as liçoes desconhecidas por aqueles que ainda estao por terra.

Luta


Luta
 
O sonho acaba, os olhos abrem,
o sol bate, longe, chega perto e abre a sua janela.
Os cilios estralam-se, as maos se erguem,
o vento bate, mas sem nenhuma sintonia alegre.
O chao pisa os pès,
a escova de dente toca as maos,
e assim começa mais um dia de exatidao.
Mas, o que nao se sabe,
è se os passaros irao cantar nesta manha,
se o onibus para ir trabalhar, passera e baterà em frente a sua porta.
Ou se os sonhos vao continuar girando na cabeça,
esperando a noite chegar para realizar-se.
Entao vem o cerebro, a boca abre, e subitamente vem a voz.
Depois, vem a açao, vem a vontade, vem a luta
e orgulho de estar vivo,
e nao viver de indecisao.

Vicktoria Veronezzi

quinta-feira

Luna.


Mi sono inginocchiata sopra quella terra vuota di speranza, mentre una lacrima scendeva dalla mia guanccia lentamente sino sulle labra, ho sentito il sapore dei miei sogni. Ho alzato le mane al cielo, ma non ho avuto nessuna risposta, altrimenti nemmeno sapevo pregare. Ma a chi pregare? Ma a qualle Dio? Ho chiuso gli occhi, il freddo continuava ad arrivare, faccendo del mio corpo, un ghiaccio di lamenti e solitudine.
Stavo li da sola, senza un Dio, senza una favola in cui credevo quando ero piccola, e senza un cuore che capiva il mio.
Ho pianto, ho urlato, ho chiesto tante cose, però non ho avuto ancora nessuna risposta. Già non credevo in me stessa, e volevo disperatamente un'altra anima.
Una fiacca pioggia mi  hai portato un pò di speranza, anche se già non volevo più niente. Stavo quasi lasciando ciò che un giorno mia madre mi hai detto che era vita, volevo chiudere gli occhi, ed immediatamente svegliarsi in un'altro spazio, ma neanche aspettavo il paradiso.
Per un momento, ho pensato che non esisteva più niente. Che non esisteva il cielo, le nuvole, e la luna. Mi sentivo, un pezzo di pattume che passava di posto in posto  cercando un pò di pace.
Ma tutto per me era cosi strano, buio, e pensavo solo nel caos. Un caos piuttosto orribile, misterioso e con molta sofferenza.
Ho aperto gli occhi, e ancora stava li, l'unica luce che illuminava la mia poca anima, era della luna. Quella luce grande però lontana, quella luce che mi portava un energia di alzarmi e vivere. Ma, vivere per che? Se già fui arivata a quel punto, dove il buio oscura tutta la luce.
Ancora non ho avuto il pensamento della morte, in quel momento, ho messo le mani sopra la terra, che mi trasportava al mio passato, ai miei ricordi, a tutto quello che ero capace di ascoltare nella mia profondità. Fu quando, le mie gambe cominciarano ad avere un pò di forza, alzandomi pian piano, le goccie della pioggia, trascorevano nelle mie mani e cadevano sopra al mio viso.
Un forte vento è passato, e mi ha portato qualcosa! Ho visto la luna brillare come mai avevo visto prima. La mia lacrima, già era diventata una grande particella di speranza.
Fu quando, ho aperto i miei occhi, con tutta la forza ... con tutta la energia ... che la luna mi ha dato un giorno. E mi sono svegliata da un brutto sogno, che non vorrei avere mai più.